Valcinei Coelho Leite, nascido em 28 de julho de 1965, na Rua “O”, no bairro vizinho de Padre Miguel, fez 64 jogos pelo Bangu (31 vitórias, 25 empates e 8 derrotas).
Chegou ao Bangu em 1981 para testes na Vila Hípica. Paulo Lumumba foi o primeiro técnico, mas também teve Ananias, Rogerio Melo (futsal), Moisés, Zagalo e Carpegianni.
Jogo marcante foi quando vestiu a camisa profissional pela primeira vez contra o Brasil de Pelotas, na primeira fase do Brasileiro de 1985. “Fui chamado às pressas para a partida pois o titular contundiu-se e o falecido Neco me levou até o Rio Grande do Sul”, mas a vitoria contra o Inter no Beira-Rio é inesquecivel, sem falar da final contra o Coritiba, dos anos sem perder para o Vasco…
Saiu para o Vasco em 1988 mas não teve chances: “impossível porque o Mazinho estava no auge da carreira”. Jogou ainda no Campo Grande, Madureira, sempre na primeira divisão, e encerrou a carreira em 1992 no Barreira (hoje Boavista), num time que tinha Andrade, Adilio e outros jogadores rodados.
Dos tempos de Bangu tem inúmeros amigos e mantém contato com quase todos. Só com Gilmar e Oliveira, que moram fora do Rio, é que nao tem.
Tentou a carreira de técnico no extinto Internacional de Curicica, que disputava a segunda divisão nos anos 90. Hoje é funcionário da Secretaria de Esportes de Rio das Ostras (dá aula de futebol para a prefeitura) e tem uma locadora de filmes na cidade.
Sente muita saudade daqueles tempos, em que o Bangu era uma família, o estádio ficava cheio nas sociais para os treinos. Ao olhar para o campo lembra-se com carinho do Buga, administrador do estádio, e que deixava o gramado impecável.
“Apesar das dificuldades, quero ver o Bangu, em breve, derrotando os grandes, chegando perto do que foi no meu tempo, em estrutura, formando jogadores”.