LUISÃO

Sérgio Luís Tolentino de Carvalho

idolos-luisaoSérgio Luís Tolentino de Carvalho, atualmente, com 59 anos, dono de uma escolinha de futebol em Seropédica, é um dos mais lembrados jogadores banguenses de todos os tempos.

Mesmo quem não o viu jogar, sabe da existência de um atacante forte, alto, desengonçado, trombador e que fazia muitos gols.

Luisão chegou ao Bangu vindo do Flamengo de Volta Redonda em 1976 e logo conquistou a torcida ao se tornar artilheiro e campeão do Torneio da Integração daquele ano. O destaque repentino fez com que o Sport Recife se interessasse pelo atacante, mas as negociações não se concretizaram, para sorte do Bangu.

Recentemente, Luisão voltou ao campo de Moça Bonita para jogar uma “pelada” de veteranos e, claro, relembrou diversos momentos marcantes da carreira.

Houve um jogo contra a Ferroviária, em Araraquara, pela primeira rodada do Campeonato Brasileiro da 2ª Divisão de 1980. Luisão era a terceira opção para o ataque, atrás de Dé e Caio Cambalhota. O Bangu perdia por 2 a 0, Luisão entrou no lugar do ponta-esquerda Marcelo, marcou um gol e virou titular de um time cheio de veteranos contratados por Castor de Andrade.

Aliás, foi em 1980 que Luisão ganhou notoriedade nacional. Contra o Palmeiras, no Parque Antártica, ele fez dois gols na inacreditável vitória banguense por 3 a 2. “Naquele dia, coloquei Seropédica no mapa do futebol brasileiro, com a imprensa toda indo lá em casa” – diverte-se.

Parece que 1980 foi realmente o ano de Luisão no Bangu. Naquele mesmo ano, fez uma aposta com Castor de Andrade antes de um jogo contra o Fluminense, em Marechal Hermes. Prometeu o gol da vitória. O Bangu saiu atrás do marcador, empatou com um gol de Ademir Vicente e virou, justamente, com um gol de Luisão. Foi o suficiente para o Patrono, agradecido, presenteá-lo com um carro.

“Fiquei muito marcado como jogador do Bangu, tanto até que tinha gente que até pensava que eu era um capanga do doutor Castor. Mas não posso negar, minha família e minha vida devem muito ao Bangu”.

Luisão atuou em 250 partidas entre 1976 e 1984, com 94 vitórias, 75 empates, 81 derrotas, uma expulsão de campo e 70 gols marcados. Fez diversos amigos e faz questão de se lembrar de Ademir Batista, Dreyfus, Serjão e Marinho.